História do liberalismo brasileiro é tema de formação com Mano Ferreira

A história do movimento liberal brasileiro é longa, cheia de referências de sucesso, mas também conta com erros que não devem ser repetidos pelas novas gerações. Esse foi o mote da apresentação de Mano Ferreira, diretor de comunicação do Livres, no Treinamento Avançado para Embaixadores do Students For Liberty Brazil (SFL). O evento aconteceu no último sábado, 19 de março, em São Paulo, reunindo estudantes associados ao SFL de todas as regiões do país.

Aprendendo com o passado

“A cada geração, é comum que o entusiasmo gere uma sensação de ineditismo, como se cada feito conquistado pelo movimento fosse sempre novo. Isso é um erro grave, que nos impede de aprender com o passado. Apesar de retrocessos e descontinuidades ao longo do caminho, o movimento liberal brasileiro foi o primeiro movimento político a adquirir um caráter nacional no Brasil, no contexto da luta abolicionista. Precisamos resgatar, entender e aprender com essa história”, explica Mano.

Resgatando Joaquim Nabuco

“Hoje todo mundo no movimento liberal repete a frase de Joaquim Nabuco sobre o amor à liberdade alheia ou cita a história de Luiz Gama, mas essa não era a realidade do movimento poucos anos atrás. Isso se transformou também por conta do trabalho de resgate dos liberais brasileiros que o Mano faz. Ele também é um dos fundadores do SFL no Brasil, além do Livres, então vocês vão ouvir sobre a história do movimento por alguém que é parte viva dessa história”, discursou Ivanildo Terceiro, diretor de comunicação do SFL, na introdução da palestra.

Liberalismo x autoritarismo

Além da referência de sucesso do movimento abolicionista, a palestra também chamou atenção para contradições fatais que não podem ser repetidas, como o flerte de liberais com regimes autoritários ao longo da história. “Em todos os nossos regimes autoritários, seja na República da Espada, na Ditadura Vargas ou na Ditadura Militar, alguns liberais deram sustentação à implantação dos regimes. Também precisamos destacar os liberais que se mantiveram coerentes, mas lembrar às novas gerações sobre esses erros é fundamental pra evitar que eles venham a se repetir”, conta Mano.

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