A alma do liberalismo está na defesa plena da liberdade, do florescimento individual e das trocas celebradas em acordos mútuos. Para além das abstrações teóricas por trás dos grandes temas da política nacional, a experiência humana acontece no ônibus lotado, nas praças, nas feiras de rua, nas calçadas.

Nesse sentido, só temos a oportunidade de ser verdadeiramente livres se os ambientes urbanos forem férteis para o desenvolvimento das nossas capacidades e a convivência pacífica entre os mais diversos estilos de vida.

O liberalismo pulsa nas cidades vivas. Por muitas décadas, o pensamento liberal brasileiro foi majoritariamente associado a um conjunto de reformas estritamente econômicas de equilíbrio financeiro e combate à inflação.

Apesar da responsabilidade fiscal ser um pré-requisito essencial para as nossas propostas, esta é uma percepção reducionista que precisa ser transformada.

Mas como traduzir esta visão de mundo em propostas concretas, levando em conta as imensas diferenças sociais, econômicas, geográficas e culturais neste país com 5570 municípios? Trata-se da missão deste Caderno de Políticas Públicas.

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