Os caminhos para o fim do racismo

Existem conceitos que são atemporais, principalmente no momento atual, onde o mundo anda dinâmico e cheio de desafios. Um exemplo disso é que um racismo contra os brancos poderia estar surgindo nos Estados Unidos, após o assassinato cometido por um policial branco contra George Floyd, um homem negro que estava desarmado em maio de 2020.

Quando você luta para acabar com o racismo, acreditamos que essa luta seja para promover a igualdade dos direitos das pessoas de qualquer cor, gênero e etnia. Acreditamos que essa é essência que nos levará a exterminar o racismo, mas o que se observa é que algumas pessoas se utilizando de seus cargos, principalmente parlamentares, querem fazer uma correção política levada ao extremo, e as consequências não são nada satisfatórias, como foi o caso da vereadora de Belém, Bia Caminha, do PT.

No início de seu primeiro mandato, a petista discursou na plenária da Câmara Municipal de Belém de forma hostil dizendo que “se existe hoje uma população mais pobre, e é a população negra da nossa cidade, é porque existe uma população branca e rica, que só é branca e rica porque roubou, porque escravizou e porque explorou as pessoas“.

É verdade que, especificamente no Brasil, quando a pauta é racismo, a primeira coisa que vem à mente é o fato estrutural, de brancos contra negros. Mas uma pergunta precisa ser enfrentada: essa é a única forma de se manifestar o racismo? Está evidente que não.

A discriminação ou o preconceito racial, pode dar o conceito que quiser, é presente em todas as cores, por isso é facilmente enxergado como uma prática abusiva contra uma pessoa devido a sua etnia.

Por isso vereadora, se qualquer pessoa pode praticar racismo, admite-se que você cometeu um em seu discurso?

Não é pelo fato de que esteja errado racismo reverso que seu discurso não possa ser racista, porque para mim todo e qualquer racismo é… racismo!

Dois pesos, duas medidas, não se pode passar como trator por cima de possibilidades de denegrir as pessoas de forma gratuita só para tornar os discursos mais apelativos, assim violando a dignidade de pessoas. Quando você ofende alguém, tem caráter subjetivo, sendo assim, somente quem sofreu o ataque é o único para se dizer como sentiu, com o liberalismo, a balança é individual, e não segue uma dinâmica militante de grupo, e não existe um monopólio acerca de quem pode ou não sofrer racismo.

Se você ataca os brancos os chamando de ladrões e que escraviza negros para subir na vida, me sinto totalmente ofendido, porque sou branco, e não sou ladrão e muito menos escravizei alguém para conseguir alguma coisa, a única coisa que eu escravizei foi minha perseverança.

Por isso, como líder livres e defensor da liberdade individual, gostaria de uma retração da vereadora, acredito eu, pelo seu fato impensável, de atacar brancos de forma pejorativa e de baixo calão, e mostrar que todas as cores merecem respeito, e caso isso não ocorra, e a vereadora ainda acreditar que está certa de suas palavras, é como admitir que a vereadora pode tudo, e quando alguém admite a ideia de que os negros não podem cometer racismo, isto importa em validar moralmente a ideia de que uma raça é melhor do que a outra.

Não é por aí que vamos mudar a sociedade nem extinguir o racismo.