Secretários de Teresópolis cortam 20% dos próprios salários

August 21, 2018

Economia

Política

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Os salários dos secretários e subsecretários de Teresópolis serão reduzidos em 20% até o início de 2019. A decisão foi tomada pelos próprios secretários, que farão a devolução voluntariamente através de depósito na conta bancária do município.

A medida segue o exemplo direto do prefeito Vinicius Claussen, liderança do Livres-RJ, e simboliza o esforço da equipe em dar o exemplo para encarar os cortes de gastos necessários ao orçamento do município. Teresópolis chegou a ter 7 prefeitos em 7 anos e passa por um grave desequilíbrio financeiro como resultado do caos político que viveu até a eleição de Claussen, em junho deste ano.

“São medidas necessárias diante da crise enfrentada pelo município e que abrange todo o funcionalismo. Os atos são minuciosamente analisados para não ferir os princípios da legalidade”, destaca Vinícius.

O prefeito do Livres destacou o engajamento do time da gestão em participar da medida de redução dos salários. Segundo ele, essa e várias outras ações estão sendo tomadas para buscar o reequilíbrio nas contas municipais. “São medidas necessárias diante da crise enfrentada pelo município e que abrange todo o funcionalismo. Os atos são minuciosamente analisados para não ferir os princípios da legalidade”, destaca Vinícius.

Sobre a gestão

Vinicius assumiu o cargo após vencer a eleição suplementar de 2018. Ainda em campanha, ele já havia mostrado que uma das prioridades era enxugar os gastos do município. Em maio, ele e seu vice, o médico Ari Boulanger, começaram a doação dos seus salários para instituições de caridade do município, cumprindo promessa de campanha. A medida vai continuar durante todo o mandato, que termina em 2020.

A eleição suplementar foi convocada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), depois que o ex-prefeito, Mário Tricano (PP), desistiu de uma liminar que o mantinha no poder. O pedido foi protocolado no TRE em março deste ano, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a aplicação da Lei da Ficha Limpa, que ampliou a condenação de três para oito anos de inelegibilidade a políticos condenados eleitos antes de 2010, quando a lei entrou em vigor.