Por que ser um anti-candidato a presidência da câmara?

December 13, 2018

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O vereador Gabriel Azevedo disputou nessa terça-feira a eleição para a presidência da Câmara Municipal de Belo Horizonte. Ele concorreu à presidência do Legislativo Municipal de uma maneira totalmente inovadora. “Na verdade, fui um anticandidato, divulguei minha campanha nas redes sociais, mobilizei as pessoas e as alertei sobre a necessidade de acompanhar de perto a eleição, pois é importante que a população fiscalize a atuação de seus representantes”, explicou Gabriel Azevedo.

A campanha foi lançada no começo de novembro. Usando vídeos e material impresso, financiados com recursos próprios, Gabriel apresentou 31 propostas para tornar a Câmara Municipal de Belo Horizonte mais eficiente, econômica e democrática. “A política brasileira passa por um momento de transformação e é neste contexto de mudança que sempre pautou minha atuação que decidi me candidatar. Na elaboração das 31 propostas que apresentei, dirigi meu foco para a redução dos gastos do Legislativo Municipal e para o aumento da participação popular. Os políticos precisam se aproximar da sociedade e demonstrarem transparência em todos os seus atos”, afirmou Gabriel Azevedo.

Ele lembrou que entre as 31 propostas de sua plataforma eleitoral estavam a redução dos salários dos vereadores, o fim da verba paletó, fim da destinação de dois carros, um deles com motorista, para cada gabinete, a requisição de dois funcionários da Prefeitura para cada vereador e a extinção da verba para pagamento de celulares corporativos. “O Legislativo custa aos cofres públicos cerca de R$ 240 milhões por ano. Se fosse eleito e implementasse todas as propostas que fiz, teríamos, em dois anos, uma economia de R$ 50 milhões. Numa época em que as prefeituras enfrentam uma grave escassez de recursos, essa economia seria fundamental”.

Ao avaliar sua participação na eleição e o apoio que recebeu da população durante toda a campanha, Gabriel disse que “o sentimento que fica é o da certeza de estar fazendo a boa política, a que busca a valorização da cidadania e do interesse coletivo. Não há mais espaço para a política de gabinete, executada sem a participação da sociedade. Essa é uma lição valiosa, que ninguém pode desprezar”, afirmou o vereador, que também destacou a criação de comissões parlamentares de inquérito para investigar supostas irregularidades na administração municipal.

“Minha campanha trouxe mais benefícios para a cidade. Alguns vereadores que apoiavam o governo, revoltados com a interferência indevida da administração municipal na eleição da Câmara, assinaram o pedido para a instauração de três CPIs, uma delas criada por mim e que irá apurar possíveis prejuízos na fixação dos reajustes do transporte coletivo em Belo Horizonte, que tem uma das tarifas mais altas do país. São vereadores que também optaram pela atuação independente, o que é muito bom para a sociedade. O Parlamento deve legislar e fiscalizar o Executivo. É isso que estamos fazendo”, concluiu Gabriel, que é filiado ao PHS com uma cláusula de independência registrada em cartório que lhe dá total autonomia em relação ao partido.